Ilustração
Nosso país está repleto de atos e atitudes intoleráveis, mas, uma em especial, me deixa indignada, a violência policial! Indivíduos que são pagos para garantir a ordem e a segurança são verdadeiros bandidos camuflados que praticam atrocidades contra cidadãos abastados, pobres, negros, prostitutas, homossexuais e usuários de droga sob o argumento de manter a ordem. Os "mocinhos da lei" se sentem donos do mundo quando estão dentro daquela farda quente, com aquelas pistolas dependuradas na cintura e com um chapeuzinho ridículo, batizado como boina. Sem falar na postura irresponsável de pilotos de racha quando conduzem as viaturas em alta velocidade em meio ao aos veículos de passeio, provocando rotineiramente acidentes graves.
Com o pensamenteo alienade de serem os "donos do pedaço" nossos supostos protetores se dedicam há anos ao poder paralelo do tráfico de drogas e da pistolagem. Em Goiás não é diferente. Nos últimos nove anos, quase 300 pessoas foram assassinadas ou executadas por policiais militares, civis ou federais. Isso, considerando as estatísticas da Delegacia de Homicídios dos casos registrados, porém, há de considerar os casos de "desaparecimentos" seguidos de microondas.
Vítimas que tiveram seus corpos ou restos mortais queimados às margens de rodovias em terrenos baldios. Um exemplo, o caso do garoto Murilo, desaparecido desde 2005, depois de ser abordado por policiais da Rotam no centro de Aparecida de Goiânia. Outro caso, a estudante Kamila Lagares, que desapareceu em agosto do ano passado depois de ser vista na companhia de três homens que foram mortos em uma casa no Center Ville, também em Aparecida. No caso da Kamila, há quem diga que a jovem foi encontrada dentro da casa onde aconteceu a "suposta" troca de tiros com a PM, e teria sido executada e queimada em meio a pneus, ás margens de uma rodovia que liga a capital do estado ao interior.
Por último, um sargento da PM foi preso acusado de chefiar um grupo de extermínio que já teria feito pelo menos cinco vítimas, duas delas em Goiás. O comando da PM disse ainda que outros policiais devem ser presos sob suspeita de participarem do esquema de pistolagem. Porém, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Antônio Elias foi infeliz, na minha opinião, em afirmar que esses são fatos isolados. Isso não é verdade! Na mesma entrevista ele disse que na última semana três homens foram exonerados de suas funções por comerem crimes. Levando em consideração as declarações do comandante, arrisco um chute. Com tanto crime acontecendo, acredito que pelo menos 90% dos policiais envolvido em crimes não são punidos.
Há relatos, em of, até porque ninguém é louco de afirmar, mas há quem diga que um Coronel da PM lotado no entorno de Brasília já teria matado mais de 40 pessoas, porém, menos de dez deles estão tramitando na justiça. Este "temido" policial é goiano, foi lotado em Goiás e só agora, há duas semanas foi afastado do cargo. Ele é o principal suspeito de matar pelo menos três homens no início do mês no entorno de Brasília. As mortes teriam sido encomentadas por fazendeiros da região, inclusive junto a um dos corpos, foi encontrada uma lista com outros nomes, provávelmente, marcados para morrer.
O caso do bacharel em direito, Paulo Henrique também não pode ser olvidado. O jovem pai que voltava do batizado do filho, foi alvejado por um soldado da PM no setor Jardim América, em Goiânia. Testemunhas e familiares dizem que uma simples conversão errada praticada pelo amigo de PH que estava ao volante, foi suficiente para o policial atirar a atingir Paulo Henrique na cabeça. E o "sem noção" ainda disse que atirou no pneu do veículo...
Casos de extrema violência como estes citados, e tantos outros que não citei, são reflexos da falta de preparação psicológica da corporação policial do Brasil e de Goiás. Pessoas que confundem obrigação e dever com diversão e prazer. Prazer de se mostrar o valentão, ou o poderoso. Prazer em humilhar, maltratar e matar pessoas, muitas vezes, inocentes. Neste texto eu fiz questão de expressar tuda minha indignação e intolerância com a falta de ação dos governantes e com a frieza destes homens que sobem no meio fio e se sentem o Cristo Redentor. Pobres homens!!! Estes terão sua recompensa! Se não aqui, no fogo do inferno.
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